O Brasil registrou em 2023 uma taxa de 12% de nascimentos prematuros, acima da média global de 10%, segundo dados recentes. Isso significa que cerca de 300 mil bebês nasceram antes de completar as 37 semanas de gestação, período mínimo para um parto considerado a termo. O país figura entre os dez com o maior número absoluto de nascimentos prematuros anuais, o que traz desafios significativos para a saúde pública.
Especialistas apontam que a maioria dos casos de prematuridade poderia ser evitada com melhor acesso à saúde e ações preventivas.
Principais causas e prevenção
Fatores como idade da gestante, múltiplas gestações e hábitos nocivos, como o uso de álcool e tabaco, estão associados à ruptura prematura da bolsa. Infecções bacterianas e hipertensão também são causas frequentes.
Além disso, a alta taxa de cesarianas no Brasil, que chega a 60% dos nascimentos, contribui para o problema. Agendamentos eletivos antes de 39 semanas, muitas vezes sem indicação médica, resultam em bebês imaturos, com dificuldades respiratórias e de alimentação.
Consequências para políticas públicas
Imagem: Agência Brasil
A prematuridade exige atenção redobrada de gestores de saúde para fortalecer ações de prevenção, ampliar o acesso a pré-natal de qualidade e reduzir cesarianas desnecessárias. A conscientização da sociedade também é crucial para enfrentar um problema que afeta não só os bebês, mas também suas famílias e a estrutura de saúde do país.
