A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), está com inscrições abertas para o curso Reformar é com Elas, que capacita mulheres com deficiência e mães atípicas em elétrica, pintura, piso, revestimentos e pequenos reparos em eletrodomésticos. O curso é realizado pela Diretoria de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência da Sempre, em parceria com a Anhanguera e a Unopar.

Foto: Lucas Moura/Secom PMS
Para se inscrever tem que acessar e preencher o formulário disponível no link https://encurtador.com.br/JfmjV. As aulas começam no dia 17 de março e serão realizadas na Unopar Cajazeiras, das 8h às 12h.
Essa já é a segunda turma do curso. A primeira ocorreu nos meses de setembro, outubro e novembro do ano passado, certificando 45 mulheres. A diretora de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência, Daiane Pina, conta que a formação surgiu para ajudar mulheres que, muitas vezes, vivem sozinhas, e encontram dificuldades para fazer pequenos reparos em casa por falta de dinheiro para pagar um profissional ou por medo da violência.
No curso, as alunas aprendem a trocar tomadas, resistência do chuveiro, descarga de um vaso sanitário e pia com vazamento, e até mesmo a fazer extensão. Além de toda a parte elétrica, as alunas aprendem a emassar e colocar o piso, assim como a lixar e pintar paredes.
Empoderamento – A costureira Márcia Gomes, de 50 anos, relata que sempre gostou de ter a casa bonita, mas teve problema com alguns pedreiros que não concluíram o serviço contratado. Ela diz que já chegou a chorar por ver o serviço incompleto na casa dela e não poder fazer nada. Hoje, no entanto, se sente fortalecida, empoderada e capaz.
“Eu fiz o curso só de pintura, mas posso dizer que foi uma experiência libertadora. Tem muita coisa de pintura que eu já fiz na minha casa, já lixei as paredes do jeitinho que aprendi no curso e agora quero fazer o de elétrica para poder colocar a iluminação no meu teto de gesso. Esse é um curso que não pode parar, porque é transformador. Muitas mães, assim como eu, não têm condições de trabalhar por terem um filho especial em casa. Sou muito grata”, avalia.
Técnica de enfermagem e mãe atípica, Tatiana Santos, 47 anos, também elogia muito a iniciativa. “Eu aprendi além do que pensei que podia. Os professores são muito qualificados, pacientes, educados com todas as alunas da turma. Aprendi novos e importantes conhecimentos em cada treinamento. Atualmente, eu utilizo essa prática na minha casa e na casa de pessoas mais próximas e penso em fazer outras capacitações para melhorar cada vez mais”, finaliza.
Reportagem: Priscila Machado/Secom PMS