O salário mínimo no Brasil passou a ser de R$ 1.518. O reajuste inclui uma reposição de 4,84% referente à inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e um ganho real de 2,5%, segundo o governo federal.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior o aumento deveria considerar a reposição da inflação mais 3,2%, correspondente à variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Impacto para trabalhadores e economia
O reajuste menor do salário mínimo impacta diretamente 59 milhões de brasileiros, incluindo empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, autônomos e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O novo valor também influencia despesas do governo federal relacionadas a:
- Aposentadorias e pensões, beneficiando cerca de 19 milhões de pessoas;
- Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende mais de 4,7 milhões de cidadãos;
- Seguro-desemprego, pago a aproximadamente 7,35 milhões de trabalhadores (dados de julho de 2024);
- Abono salarial (PIS-Pasep), que beneficiou cerca de 240 mil pessoas em 2024.
Segundo a Tendências Consultoria, a nova política de reajuste deve resultar em uma economia de R$ 110 bilhões para os cofres públicos até 2030, com uma previsão de R$ 2 bilhões já em 2025.
Imagem: Agência Brasil
