O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desafios para realizar a esperada reforma ministerial, que tem sido postergada devido a impasses estratégicos. Um dos principais entraves é o fato de que ministros que desejam concorrer nas eleições de 2026 precisarão deixar seus cargos até março de 2025, reduzindo drasticamente o tempo para implementar políticas de impacto.
Um exemplo dessa situação é Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais. Cotado para assumir o Ministério da Saúde, ele teria apenas um ano no cargo, o que poderia comprometer a continuidade de projetos e a eficácia de sua gestão. Aliados de Lula têm alertado sobre os riscos dessa mudança e sugerido que Padilha, que já deve deixar as Relações Institucionais, assuma outra função dentro do governo.

Outro nome cogitado na reforma ministerial é Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, que também deve disputar as eleições de 2026. No entanto, as pastas para as quais ela é cotada não enfrentariam os mesmos desafios de descontinuidade que a Saúde.
Diante desse cenário, Lula busca um equilíbrio entre atender aliados, manter a governabilidade e garantir continuidade administrativa nos ministérios estratégicos.