A prefeita de Lauro de Freitas, Débora Regis (União Brasil), denunciou nesta sexta-feira (3) o que classificou como uma “grave irregularidade” deixada pela gestão da ex-prefeita Moema Gramacho (PT). Segundo Débora, a administração anterior encerrou o mandato sem quitar a folha salarial dos servidores municipais referente a dezembro, mas realizou pagamentos milionários em indenizações e rescisões a aliados políticos.
De acordo com a nova prefeita, o montante da folha salarial pendente ultrapassa R$ 43 milhões, incluindo quase R$ 10 milhões destinados aos trabalhadores da saúde. Contudo, esses valores não foram empenhados, liquidados ou registrados como restos a pagar, deixando os servidores sem previsão de receber seus vencimentos. Paralelamente, Moema Gramacho teria autorizado o pagamento de mais de R$ 1,5 milhão em rescisões e indenizações para 72 pessoas, todas apontadas como apadrinhados políticos.

Imagem: União Brasil
Críticas à gestão anterior
Débora Regis criticou duramente a postura de Moema, chamando-a de “irresponsável” e “desrespeitosa” com os servidores e com a população. “É inadmissível que uma gestão deixe a folha de pagamento em aberto, prejudicando trabalhadores que dependem desses recursos para sustentar suas famílias, enquanto prioriza indenizações para aliados políticos. Isso é um descalabro administrativo e será tratado com todo o rigor que a situação exige”, declarou.
A prefeita anunciou que levará o caso aos órgãos de controle para investigação e responsabilização dos envolvidos. Ela também reforçou o compromisso de sua administração com a transparência, a justiça e a valorização dos servidores.
Desafios financeiros
Além da folha salarial pendente, Débora Regis relatou outros problemas herdados da gestão anterior, como dívidas milionárias e a precariedade de serviços públicos. Ela destacou que a prefeitura enfrenta uma dívida de R$ 2,5 milhões com a Coelba, o que ameaça o fornecimento de energia para órgãos municipais.
“O que estamos encontrando neste início de gestão é um completo descalabro administrativo. Essa situação da falta de pagamento aos servidores é mais um reflexo da irresponsabilidade com o dinheiro público. Vamos trabalhar para reorganizar o município e adotar medidas emergenciais que garantam o pagamento dos servidores e a continuidade dos serviços essenciais”, afirmou.
A gestão atual busca soluções para contornar a crise financeira e administrativa, garantindo que os servidores e a população de Lauro de Freitas sejam priorizados.