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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado com 73 votos e retorna ao cargo após quatro anos

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado Federal nesta quinta-feira (1º) com 73 votos, consolidando uma ampla base de apoio. Ele volta ao posto que ocupou entre 2019 e 2021, após uma articulação política que garantiu alianças tanto na base do governo quanto na oposição.

Senador Davi Alcolumbre (União-AP) — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Desde 2024, Alcolumbre já era considerado o favorito para o cargo, reunindo apoio de PSD, PL, MDB, PT, União Brasil, PP, PSB, Republicanos e PDT, além de senadores do Podemos e PSDB. Ao todo, 76 parlamentares (94% do Senado) já haviam declarado apoio ao senador antes da votação.

Um presidente conciliador, mas com desafios

Alcolumbre é visto como um político pragmático e conciliador, característica que pode dar mais espaço para a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Diferentemente do seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que era mais alinhado ao Planalto, Alcolumbre promete um Senado mais independente e disposto a equilibrar os interesses do governo e da oposição.

Isso pode ser visto na composição da nova mesa diretora:

  • Eduardo Gomes (PL-TO) deve ocupar a primeira vice-presidência, garantindo um espaço para a oposição bolsonarista.
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deve presidir a Comissão de Segurança Pública.
  • Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra do governo Bolsonaro, deve assumir a Comissão de Direitos Humanos.

O papel de Alcolumbre nos últimos anos

Após presidir o Senado de 2019 a 2021, Alcolumbre não pôde disputar a reeleição por impedimento constitucional. No entanto, seguiu influente como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o colegiado mais poderoso da Casa.

Durante esse período, teve protagonismo na distribuição de emendas parlamentares, ajudou a aprovar indicações de ministros do STF e interferiu diretamente na agenda legislativa.

Nos últimos anos, também manteve influência sobre a execução do orçamento federal, com municípios do Amapá — seu estado de origem — figurando entre os mais beneficiados por emendas parlamentares.

Promessas para o novo mandato

Em seu discurso como candidato, Alcolumbre destacou que:
Respeitará decisões judiciais, mas defendeu que o Legislativo deve ter autonomia para legislar.
Fortalecerá o Senado, prometendo que projetos originados na Casa não serão modificados sem a participação dos senadores.
Restabelecerá as comissões mistas para análise de Medidas Provisórias (MPs), criticando a forma como o Senado lidou com o tema na gestão anterior.
Defenderá maior autonomia para os municípios, garantindo descentralização de recursos federais.
Lutará contra discursos de ódio nas redes sociais, pregando o resgate do diálogo democrático.

Com esse novo mandato, Alcolumbre terá o desafio de equilibrar a relação do Senado com o governo Lula, ao mesmo tempo em que acomoda os interesses de uma oposição fortalecida dentro da Casa.

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