Sete dias após assumir a prefeitura de Lauro de Freitas, Débora Régis (União Brasil) anunciou, nesta terça-feira (7), os 16 nomes que compõem o seu secretariado. No entanto, a ausência de representantes negros na nova gestão gerou repercussão negativa nas redes sociais, com diversos moradores apontando a falta de diversidade no grupo.
Na publicação oficial feita pela Prefeitura, que apresentou os secretários da gestão da prefeita, popularmente conhecida como Debinha, chamou atenção a ausência de pessoas negras, além da inexistência de pastas voltadas ao enfrentamento do racismo, como ocorre em Salvador com a tradicional Secretaria de Reparação.
Imagem: Ascom Lauro de Freitas
Reações e cobranças
A ausência de diversidade foi amplamente questionada pelos seguidores da página oficial da Prefeitura.
“Só gente branca? Ué?”, comentou uma seguidora. Outra reforçou:
“Único pardo é Sapucaia e Matheus, nenhum preto e nenhuma preta. Bora botar cor nesse secretariado, viu?”
Outros comentários manifestaram indignação com a composição:
“Não tem uma pessoa negra para o secretariado?”, perguntou um morador. Outra usuária, em tom de ironia, afirmou que o secretariado parecia ser “de uma cidade europeia”.
Uma seguidora foi mais incisiva ao questionar a ausência de representatividade racial em uma cidade da Bahia, estado conhecido pela predominância de pessoas negras em sua população.
“É um absurdo, uma cidade do Brasil, da Bahia, não ter nenhum negro na administração.”
A representatividade em pauta
A crítica à falta de representatividade no secretariado toca em uma questão sensível para Lauro de Freitas, um município com forte presença de comunidades negras e quilombolas. A escolha dos nomes sem refletir essa diversidade reacendeu debates sobre inclusão e igualdade racial na gestão pública.
A gestão da prefeita Débora Régis ainda não se pronunciou sobre as críticas ou a possibilidade de ajustes na composição do secretariado.
