Confira Cenário Geopolítico que Trump Enfrentará

Na quarta-feira (15), antes mesmo do anúncio oficial do cessar-fogo entre Israel e Hamas, Donald Trump apressou-se em celebrar o acordo em sua rede Truth Social. Embora tenha sido um gesto deselegante com mediadores americanos, qataris e egípcios, a atitude reflete sua influência decisiva no desfecho da negociação.

Com o retorno à Casa Branca, Trump enfrentará uma série de crises internacionais que testarão sua capacidade de liderar.

Cessar-Fogo em Gaza: Desafios e Fragilidades

O acordo entre Israel e Hamas é frágil e pode intensificar divisões internas em Israel, particularmente com a ultradireita religiosa questionando o apoio a Netanyahu. Além disso, Trump precisará decidir o destino do plano de reconstrução política de Gaza e da Autoridade Palestina, iniciado por Biden e deixado em aberto.

Oriente Médio e Irã

Trump já sinalizou a intenção de revitalizar os Acordos de Abraão, buscando alinhar Israel e países árabes contra o Irã. Contudo, o recente conflito em Gaza dificulta avanços imediatos. A possibilidade de ações militares contra Teerã também não está descartada, especialmente diante da crescente aliança militar entre Irã e Rússia.

Conflito Rússia-Ucrânia: Uma Bomba-Relógio

Trump enfrenta o delicado desafio de mediar a guerra na Ucrânia. Embora admire Vladimir Putin, ele indicou que não retirará imediatamente o apoio militar a Kiev, mas busca acelerar negociações de paz. A pressão é alta, com ambos os lados do conflito tentando consolidar posições estratégicas.

Relações com Europa e Otan

Como em seu primeiro mandato, Trump já retomou críticas à Otan, cobrando maiores investimentos dos aliados europeus. Embora retórico, o discurso pode gerar atritos. Já a Groenlândia, rica em recursos minerais, pode voltar ao centro do debate, dado o interesse histórico dos EUA na região.

Ásia e o Desafio Chinês

Trump deverá intensificar o foco na China, priorizando disputas comerciais e questões sensíveis como Taiwan. Apesar das tensões, a interdependência econômica entre os dois países pode moderar conflitos mais severos. No Pacífico, o papel de aliados como Japão e Coreia do Sul será crucial, especialmente diante da imprevisibilidade da Coreia do Norte e sua crescente aproximação com Moscou.

América Latina e o Brasil

Na América Latina, Trump poderá reforçar laços com líderes ideologicamente alinhados, como Javier Milei, na Argentina. No Brasil, a relação próxima com Jair Bolsonaro poderá aumentar a pressão sobre o governo Lula. A América Latina também deve se preparar para possíveis ameaças tarifárias e até mesmo disputas em torno do Canal do Panamá.

Ao reassumir a presidência, Trump enfrentará um tabuleiro geopolítico complexo, onde suas decisões poderão moldar o equilíbrio de poder global nos próximos anos.


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