A ex-presidente Dilma Rousseff, 77 anos, foi internada em um hospital em Xangai após sentir-se mal na sexta-feira (21). Ela apresentou sintomas como pressão alta, vômito e tonturas. Desde abril de 2023, Dilma ocupa o cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics. Seu mandato à frente da instituição terminaria em julho de 2025, mas o governo brasileiro negociou uma extensão de cinco anos, permitindo que ela continue no cargo. A partir de julho, Dilma passará a se reportar ao presidente russo, Vladimir Putin. O Shanghai East International Medical Center confirmou a internação da ex-presidente. No entanto, Marco Túlio Mendonça, chefe de gabinete de Dilma, não confirmou a informação e pediu que a assessoria do banco fosse contatada posteriormente. Devido ao problema de saúde, Dilma cancelou sua participação na reunião de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais que acontece em Cape Town, na África do Sul, onde se encontraria com membros do conselho do NBD.
Incêndio atinge prédio da Câmara Municipal de Salvador nesta segunda-feira
Imagem Redes Sociais Um incêndio atingiu o prédio da Câmara Municipal de Salvador no início da tarde desta segunda-feira (21). As chamas teriam começado no ar-condicionado do Salão Nobre, atingindo rapidamente o teto do edifício. O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e trabalha para controlar o fogo e evitar maiores danos. O prédio foi evacuado, e, até o momento, não há registro de feridos. De acordo com o coronel Marcelo Grun, chefe da Assistência Militar da Câmara, os bombeiros estão empenhados no combate às chamas. “Estamos atuando para conter o incêndio e minimizar os prejuízos”, afirmou. O incidente ocorreu logo após a posse dos vereadores Beca e Palhinha. Minutos depois da cerimônia, o prédio foi evacuado às pressas. As causas do incêndio ainda serão investigadas.
Nísia descobre pela imprensa que será exonerada e Lula sequer liga para avisá-la
Ser o último a saber da própria demissão já é, por si só, um desrespeito. Mas ser informada pela imprensa, sem sequer receber uma ligação do presidente que a escolheu para o cargo, é ainda mais constrangedor. Foi exatamente o que aconteceu com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que descobriu pelos jornais que perderá o posto. Até o momento, o presidente Lula (PT) não fez qualquer contato com a ministra para comunicá-la oficialmente da decisão, tampouco algum de seus auxiliares próximos tomou a iniciativa. A conversa entre os dois deve acontecer apenas na terça-feira (25), sob o pretexto de discutir a nova vacina do Butantan contra a dengue — mas já se sabe que o real motivo será a exoneração. O desfecho é ainda mais emblemático porque, até pouco tempo atrás, Lula defendia publicamente a permanência de Nísia, chegando a afirmar que “ela não era ministra do Brasil, mas sim sua ministra”. A mudança de postura do presidente veio após pressões do centrão, que ambiciona o controle do orçamento bilionário da Saúde, além de críticas e crises sanitárias que marcaram a gestão da ministra. Apesar da situação humilhante, Nísia tem mantido a serenidade e segue confiante de que cumpriu bem seu papel no comando da pasta. Mas o episódio escancara uma dura realidade da política: lealdade e reconhecimento podem ser efêmeros, e muitas vezes, o aviso de demissão chega primeiro para os jornais do que para o próprio demitido.
Janja vaza imagens da Portela e escola minimiza: ‘Erros acontecem’
Em um episódio que gerou indignação entre os apaixonados pelo carnaval, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, cometeu uma gafe grave ao vazar imagens das alegorias da Portela, a maior campeã do carnaval carioca. Durante uma visita aos barracões das escolas de samba na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (21), Janja compartilhou vídeos em suas redes sociais, revelando detalhes da aguardada águia portelense – símbolo máximo da escola. O vazamento rapidamente repercutiu negativamente entre os portelenses, que consideraram a atitude um desrespeito ao sigilo e à magia do desfile. Pressionada, a Portela tentou minimizar o ocorrido em nota oficial, afirmando que “erros acontecem” e que a surpresa não foi arruinada. O episódio gerou revolta entre os fãs da escola, que esperam meses pelo grande espetáculo da Sapucaí e consideram inaceitável que uma visitante tenha exposto parte do trabalho dos carnavalescos antes do desfile. Apesar da retratação da escola e da exclusão das imagens das redes sociais da primeira-dama, o estrago já estava feito. Janja, que esteve acompanhada do secretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Santos, e do presidente da Liesa, Gabriel David, exaltou o trabalho dos profissionais do carnaval em suas redes, mas o deslize ofuscou a intenção da visita. Entre os apaixonados pela folia, fica a pergunta: será que um erro desse tamanho pode ser tratado com tanta naturalidade?
Brasileiros adotam estratégias da hiperinflação para lidar com alta de preços
Diante da escalada dos preços dos alimentos, consumidores brasileiros têm utilizado estratégias que remetem à época da hiperinflação para economizar nas compras. A rápida disseminação de informações pela internet e a busca por melhor custo-benefício têm levado à diversificação dos locais de compra e ao redimensionamento das embalagens. Pesquisas apontam que o consumo está mais racional, com consumidores frequentando atacarejos, supermercados e hipermercados simultaneamente, além de alternarem entre marcas caras e baratas conforme a relação custo-benefício. A venda de alimentos em atacarejos cresceu 4,7 pontos percentuais, enquanto o valor médio das compras nesses estabelecimentos subiu 31,8%. Indústrias também reagem ao cenário, ajustando o tamanho das embalagens para manter vendas sem repassar integralmente os custos. Além disso, pesquisas indicam uma desaceleração no ritmo de alta dos alimentos, com quedas nos preços da cesta básica em algumas capitais e uma inflação menor no setor de supermercados nos últimos meses.
Denúncia sobre golpe mobiliza ex-chefes militares em defesa de general
A inclusão do general da reserva Estevam Theophilo na lista de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em uma suposta articulação golpista mobilizou integrantes do Alto Comando do Exército de 2022. Três generais afirmaram que oficiais de alta patente demonstraram disposição para defender Theophilo no Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive prestando eventuais testemunhos caso ele se torne réu. Imagem reprodução redes sociais Na última terça-feira (18), a PGR apresentou denúncia contra 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por conspiração para um golpe de Estado. Dentre os denunciados, 23 são militares das Forças Armadas, sendo sete oficiais-generais e ex-comandantes. Além de Theophilo, estão na lista os ex-comandantes da Marinha, Almir Garnier, e do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, além dos generais Augusto Heleno e Braga Netto. Ex-integrantes do Alto Comando consideram que a acusação contra Theophilo baseia-se em conversas de terceiros, sem provas concretas de seu envolvimento na trama. Parte da delação do tenente-coronel Mauro Cid pode ser usada em sua defesa. A PGR acusa Theophilo de ter aceitado “coordenar o emprego das forças terrestres” para impedir a posse do presidente Lula (PT). Na época, ele era chefe do Comando de Operações Terrestres, órgão que estabelece diretrizes para operações militares, sem possuir tropas sob seu comando. A denúncia sustenta que Theophilo teria aceitado viabilizar a intervenção militar em uma reunião com Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022. Como evidência, a PGR apresenta uma mensagem de Mauro Cid para o coronel Cleverson Magalhães, assessor de Theophilo, afirmando: “mas ele quer fazer… Desde que o Pr [presidente] assine”. Para a PGR, o texto comprova o compromisso do general com a ruptura institucional. Por outro lado, em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, Mauro Cid declarou que Theophilo e outros generais apenas cumpririam ordens caso houvesse um respaldo formal do Alto Comando, sem intenção de romper a legalidade. Ele também mencionou que Theophilo não aceitaria assumir o Exército caso o comandante Freire Gomes fosse retirado do cargo. Antes da denúncia, a defesa do general reuniu depoimentos escritos dos ex-comandantes do Exército Freire Gomes e Julio Cesar de Arruda, além do ex-chefe do Estado-Maior Fernando Soares. Freire Gomes declarou que Theophilo sempre esteve focado em atividades militares e se absteve de envolvimento político. Arruda descreveu o general como disciplinado, leal e honesto, enquanto Soares afirmou nunca ter presenciado manifestações ilegais por parte de Theophilo. A Polícia Federal investiga se Theophilo teria elaborado um plano de intervenção militar à espera da assinatura de Bolsonaro em um decreto golpista, mas nenhuma evidência concreta desse planejamento foi encontrada. O general nega as acusações e assegura que sempre reportou suas interações com Bolsonaro ao comandante Freire Gomes. Até o momento, sua defesa não se manifestou publicamente.