As despesas do gabinete do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), registraram um aumento expressivo em 2024, atingindo R$ 9,3 milhões — um valor três vezes superior à média do mandato do ex-vice-governador João Leão (PP). Imagem SECOM Gov BA Já em 2023, no primeiro ano de gestão, Geraldo Júnior havia elevado significativamente os custos da vice-governadoria, gastando R$ 8,6 milhões contra os R$ 3,4 milhões registrados em 2022. Principais despesas Grande parte do montante gasto pelo gabinete no último ano foi direcionada ao pagamento de salários, vantagens fixas e despesas variáveis de militares que atuam no suporte ao vice-governador. O custo com esse efetivo chegou a R$ 5,2 milhões, enquanto R$ 2,1 milhões foram destinados ao pagamento de vencimentos e benefícios de servidores civis, segundo dados do portal Transparência Bahia. A quantidade de militares à disposição do vice-governador já foi alvo de críticas, especialmente diante do aumento dos custos da administração pública estadual. Gastos elevados durante período eleitoral O recorde de despesas em 2024 ocorreu justamente durante a campanha eleitoral, período em que Geraldo Júnior esteve afastado das funções da vice-governadoria por pelo menos quatro meses. Ele disputou a prefeitura de Salvador como candidato único da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), mas acabou derrotado, ficando em terceiro lugar, atrás de Kleber Rosa (PSOL). O aumento expressivo dos gastos levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos e a necessidade de maior controle sobre as despesas do gabinete da vice-governadoria. Fonte: Bahia Política
Consumidor que achava que comeria picanha, agora reduz compras no supermercado para driblar a inflação
A recomendação do presidente Lula agora é para que os brasileiros evitem produtos caros nos supermercados, segundo a última entrevista feita na quinta-feira (6). Diante do aumento dos preços, muitos consumidores já vêm reduzindo o consumo de diversos itens essenciais e supérfluos para equilibrar o orçamento. Esse ajuste no consumo segue um padrão comum em momentos de inflação elevada: queda na compra de produtos básicos, corte em itens considerados supérfluos e até restrições em produtos de higiene e limpeza. Imagem: Folhapress Queda nas compras de itens essenciais e supérfluos Levantamento da empresa de pesquisa Varejo 360, que monitora hábitos de consumo nos pontos de venda, mostra que nos primeiros 21 dias de janeiro houve recuo no volume de compras de itens básicos. O consumo de leite UHT caiu 4,5% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o de café torrado e moído registrou queda de 2,5% por consumidor. Produtos considerados indulgências, como chocolates (-5%), biscoitos (-3,7%), leite condensado e creme de leite (-2,5%), também sofreram redução na demanda. Outro ponto de destaque é a categoria de produtos de higiene e limpeza, que, apesar de não terem registrado aumentos expressivos de preço, também apresentam queda no volume de compras. Sabonetes líquidos e em barra caíram 2%, enquanto os desodorantes tiveram um recuo de 0,6%. Segundo Fernando Faro, diretor da Varejo 360, “As pessoas estão tendo que fazer escolhas e estão priorizando a alimentação. Para garantir a xícara de café, que está muito caro, elas abrem mão de outros itens. O cobertor está curto, principalmente para a população de baixa renda”, explica Faro. Consumidor busca marcas mais baratas Outra tendência observada é a substituição de marcas tradicionais por opções mais acessíveis. De acordo com Ricardo Cobacho, diretor da rede de supermercados GoodBom, “Quando o consumidor migra para produtos mais baratos, o varejo também sente impacto, pois não consegue repassar os aumentos da indústria. Com o reajuste do diesel, isso se torna ainda mais desafiador”. Mudanças no perfil de consumo José Rafael Vasquez, CEO do Sam’s Club e Carrefour Varejo, afirma que essa mudança já era perceptível desde o ano passado, com os consumidores priorizando produtos essenciais e mais baratos. Além da redução nas compras de alimentos e produtos de higiene, os supermercados também registraram queda na venda de bens semiduráveis, como eletrodomésticos e eletrônicos, no início do ano. “Esse comportamento reflete a busca por maior equilíbrio no orçamento familiar, com os consumidores evitando gastos maiores e focando em necessidades essenciais”, conclui Vasquez.
Salvador: Prefeitura reforça fiscalização contra pichações na Barra
Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) identificou, nesta sexta-feira (7), atos de pichação na região da Barra, no circuito Dodô, e reforçou as ações de fiscalização e preservação do espaço público para o Carnaval 2025. As medidas são adotadas com base na Lei Municipal 8.645/2014, que classifica a prática como crime ambiental e ato de vandalismo. Imagem: Divulgação Este é o segundo ano consecutivo que a pasta enfrenta esse tipo de ocorrência na região. Em 2024, a Semop coordenou a primeira operação para remover pichações realizadas por ambulantes no circuito Dodô. A ação contou com a colaboração da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb). O diretor de Serviços Públicos da Semop, Alysson Carvalho, destacou a gravidade da reincidência dessa conduta e os danos causados à cidade. “É lamentável que, mais uma vez, estejamos enfrentando essa situação, que transforma áreas revitalizadas em locais com aspecto de abandono”, afirma. Carvalho ainda ressalta que a pichação não é apenas um problema estético, mas uma infração com consequências legais. “Não se trata apenas de uma conduta inofensiva, mas de um crime. Além da responsabilidade penal, o ambulante flagrado pode ter sua licença cassada”, explica. No total, 5.335 ambulantes foram credenciados para atuar no circuito Dodô. Os ambulantes terão acesso aos locais designados para o comércio informal na véspera da folia momesca, e a área contará com equipes de fiscalização para garantir a preservação dos acessos públicos e o bom andamento das atividades da maior festa de rua do planeta.